29 de março de 2014

A leitura talvez seja um dos prazeres mais profundos. Afinal, não termina após o êxtase.

(fev/2014)

Parabéns, Londrina

Este texto fiz em homenagem ao aniversário de Londrina, no dia 10 de dezembro de 2013. Acho que cai bem nesse momento que estou vivendo...




Demorou. Confesso. Acredito que para ambas. Não foi amor à primeira vista, como eu já havia anunciado antes. Aprendemos a conviver com a indiferença recíproca por mais de dois anos. Eu aqui. Ela lá. Mas aos poucos, no dia a dia, na rotina, surgiram pequenas qualidades, que só puderam ser vistas porque não existia paixão. Ela tem o dom de me surpreender com o calor e com o frio, ambos repentinos. Ela permitiu me conhecer um pouco mais e me ajudou a continuar buscando. Estudando. Aprendendo. Sem querer, criamos laços de um carinho recíproco e um respeito pelo que construímos juntas. Aqui, mesmo que esteja, não me sinto sozinha. E em cada canto, posso sentir o frescor, a cor, o som, o vento e a acolhida. Estou em casa, outra vez. Hoje, dia 10 de dezembro, digo, tranquila: Feliz aniversário, Londrina.

1 de setembro de 2013

Sempre tive medo de escrever.
Medo de que, por meio das minhas palavras, 
o mundo percebesse a minha fragilidade.
Minha ingenuidade.
Claro, que por detrás da minha falsa segurança, 
existia uma menina cheia de sonhos e sem nenhum pudor.
Ainda tenho medo.
Mas as ideias, a cada dia, estão gritando dentro de mim, 
forçando-me a sucumbir às suas exigências, 
de saírem e conhecerem o mundo.
.A.F - Escrevi há alguns anos. 
Encontrei um papel com o texto no meio de fotos antigas. 
Acho que as palavras pularam para fora.

25 de agosto de 2013

O depois...



“Eu sempre quis fazer uma tatuagem”, ela disse, de forma saudosista.
“Mas porque ainda não fez?”, questionou ele, com uma voz tranquila, sem querer demonstrar o que de fato, sentia.
“Sempre deixei as minhas coisas para depois”, ela explicou. “E ainda não consegui mudar isso.”, disse em seguida.
Se ela não tivesse dito a última frase com os olhos abaixados, olhando para o chão, teria visto uma pequena gota de lágrimas se formando ao canto dos olhos da sua face rígida.

2 de agosto de 2013

Ele se foi...



Ele se foi. Na verdade, foi apenas um corpo cansado de tanto lutar pela vida. Desde pequeno. O resto ficou. A sua risada divertida. Sua vontade de experimentar e de viver ao máximo cada minuto. A despreocupação com o que os outros iam pensar, os preconceitos, as regras, o dia de amanhã...Ficou principalmente o amor que sentia pelos seus, que de tão grande, só era suportável se o corpo estivesse em torpor. O corpo.
Ficou o nome, representando a esperança de que um dia, aquele menino de rua seria um homem importante. Era Generaldo, virou Genébra. E ai de quem o chamasse de Camarão.
Posso lembrar com facilidade todos os momentos que passamos juntos. Não foram muitos.
Por fim, ficou uma sensação de que tudo é possível. Tudo é fácil. Tudo é leve.
Com certeza ele se foi. Mas a sua presença será sentida ainda por muito tempo...

Fica com Deus, meu padrinho.

(janeiro/2013)