17 de outubro de 2006



"Às vezes, a ausência é pior do que a própria morte"

16 de outubro de 2006

"Puedo scribir los versos..."

Puedo escribir los versos más tristes esta noche.Escribir, por ejemplo: "La noche está estrellada,y tiritan, azules, los astros, a lo lejos".
El viento de la noche gira en el cielo y canta.
Puedo escribir los versos más tristes esta noche.Yo la quise, y a veces ella también me quiso.
En las noches como ésta la tuve entre mis brazos.La besé tantas veces bajo el cielo infinito.
Ella me quiso, a veces yo también la queria.Como no haber amado sus grandes ojos fijos.
Puedo escribir los versos más tristes esta noche.Pensar que no la tengo. Sentir que la he perdido.
Oir la noche inmensa, más inmensa sin ella.Y el verso cae al alma como al pasto el rocio.
Qué importa que mi amor no pudiera guardarla.La noche está estrellada y ella no está conmigo.
Eso és todo. A lo lejos alguien canta. A lo lejos.Mi alma no se contenta con haberla perdido.
Como para acercarla mi mirada la busca.Mi corazón la busca, y ella no está conmigo.
La misma noche que hace blanquear los mismos árboles.Nosotros, los de entonces, ya no somos los mismos.
Ya no la quiero, es cierto, pero cuanto la quise.Mi voz buscaba el viento para tocar su oído.
De otro. Será de otro. Como antes de mis besos.Su voz, su cuerpo claro. Sus ojos infinitos.
Ya no la quiero, es cierto, pero tal vez la quiero.Es tan corto el amor, y es tan largo el olvido.
Porque en noches como ésta la tuve entre mis brazos,mi alma no se contenta con haberla perdido.Aunque éste sea el último dolor que ella me causa,y éstos sean los últimos versos que yo le escribo.


Pablo Neruda

15 de outubro de 2006

Descobri que eu cresci



Descobri que eu cresci. Não é muito animador perceber isto, principalmente quando realmente já não se é mais uma criança. Às vezes, ainda acho que eu posso acordar e as coisas serem do jeito que eu quero, simples. Assim, como que após o desejo concebido, ele pode ser transformado em realidade com um simples piscar de olhos.

Ainda não sei exatamente quem sou. Apesar de fazer esforço para descobrir. Às vezes vejo minhas fotos, àquelas da criança que fui, lá com 3 anos... 6 anos.... e imagino: será que eu aprovaria se pudesse me ver crescida? Será que teria orgulho de mim mesma, se naquele tempo, tivesse sabido que cresceria e me tornaria a pessoa que sou? Será que os meus desejos não foram ofuscados pela correria do dia-a-dia, pelas decepções vividas, pelas angústias da caminhada? Será que eu sou quem eu realmente planejava ser?

Engraçado como o exercício de conversar com uma criança de 3 anos, no caso eu mesma, me faz bem. Sempre que me pego pensando ‘pra que lado eu vou?’, volto no tempo, ou sei lá onde, para me questionar, e tentar receber a resposta de uma criança de três anos. Porque acredito nos conselhos daquela menina e tenho orgulho dela. Respeito todas as escolhas tomadas, todo o aprendizado correspondido, todas as suas atitudes. Se tivesse que começar de novo, começaria igual.

Sinto que no meio de tudo isso, alguma coisinha se perdeu. E é esta coisa, que me fez descobrir que eu cresci. E me fez questionar mais uma vez: será que aquela mulher de mais de 50 anos, aprovaria as escolhas que estou fazendo no presente? O que ela faria se estivesse no meu lugar, com toda a sabedoria aprendida com os erros e acertos, com todas as experiências de mulher (qual?), mãe (talvez), profissional (será), esposa (quem sabe)?

Mas com esta mulher, eu não consigo ouvir as suas respostas....

(julho-06)

14 de outubro de 2006

Viagem


Poeira...
E os raios de sol se infiltram por entre os vãos.
Velhos Senhores (Sonhos) se contorcem.
As malas revelam o que são, de onde vieram.
Ninguém se olha, mas todos se percebem.
Amores, desiluões, angústias.. todos se encontram num mesmo lugar. Num só lugar.

(nov 2002)

"Dois importantes fatos, nesta vida, saltam aos olhos; primeiro, que cada um de nós sofre inevitavelmente derrotas temporárias, de formas diferentes, nas ocasiões mais diversas. Segundo, que cada adversidade traz consigo a semente de um benefício equivalente. Ainda não encontrei homem algum bem-sucedido na vida que não houvesse antes sofrido derrotas temporárias. Toda vez que um homem supera os reveses, torna-se mental e espiritualmente mais forte... É assim que aprendemos o que devemos à grande lição da adversidade".

Andrew Carnegie